Ago - 27 - 2015

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O Ato contra a política e mentalidade machista dentro da universidade que reuniu 500 mulheres, foi um passo importante no combate a violência contra as mulheres e também ao novo projeto de policiamento da reitoria.

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Recentemente a USP ganhou novamente as páginas de noticiários sobre casos de estupros dentro dos campi, trotes machista, e do blog misógino de estupradores que colocam um sinal de alvo sobre as mulheres da USP principalmente as da unidade de Humanidades, FFLCH.

A universidade, de outra parte, quer responder a isto incluindo na comunidade universitária a polícia que estupra e mata nas periferias, enquanto as algumas ruas do campus Butantã principais locais dos agressores seguem se quer com iluminação.

Nossa dor não é bode expiatório da reitoria, fora machistas!, fora PM!

A polícia não é um aliado ao combate a violência mais é o assédio e a violência institucionalizada. Desde o acordo entre PM (Polícia Militar) e USP em 2011 os casos de violência a mulheres e outros violências, tem crescido enormemente e a justificativa de mais segurança da reitoria caiu por terra a única coisa que diminui foi a liberdade de atuação do movimento devido a prisões e processos de estudantes e trabalhadores lutadores, as próprias mulheres já sentiram na pele o abuso da polícia, na ocasião da desocupação da reitoria em que diversas foram agredidas, insultadas entre elas uma estudante torturada em uma sal à parte das demais.

E agora em 2015 novamente a reitoria tenta potencializar a ação da polícia dentro da universidade, a reitoria tomou esta medida sem consultar os diversos agrupamentos de mulheres composto por estudantes, trabalhadoras e professoras, e sem abrir um dialogo franco e aberto com o conjunto da comunidade diante da gravidade do problema. Assim, tal medida, não somente feri novamente já fraca democracia da USP mais como retira o protagonismo das mulheres no combate a sua opressão.

Isto não é nenhuma surpresa e as mulheres não possuem nenhuma ilusão na reitoria patriarcal, pois é sabido que a mesma tem como propósito minar toda intervenção critica dentro da universidade criando condições mais favoráveis para repressão policial contra a luta do movimento estudantil de mulheres e trabalhadores.

Desta maneira, as mulheres estão dando uma resposta categórica, se levantado contra a política que privilegia a vigilância e controle dos espaços e seus corpos! Demonstrando que machismo se combate na raiz e todos os dias. O congresso dos Estudantes da USP (DCE Livre) deste ano deve tirar um programa de enfrentamento a violência contra as mulheres e de combate ao avanço da militarização da universidade.

Práxis – Socialismo ou Barbárie, 25/08/2015 http://www.praxisbrasil.org

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