PELA BASE

Boletim      dos     Teleoperadores      –       ANO 1         NÚMERO 0         –    maio      2009

TIM PROJETO CRESCER...

FAZ CRESCE A EXPLORAÇÃO!!!

Como é de conhecimento de todos a TIM tem implementado uma série de mudanças que são um ataque brutal aos funcionários, cada vez trabalhamos a um ritmo alucinado para receber um mísero salário que não chega ao fim do mês. Mais uma vez a empresa usa o discurso de que é preciso crescer, nos já vimos esse filme antes e no fim o mocinho não casa com a mocinha. A atual crise econômica é prova cabal disso, enquanto as  empresas lucraram bilhões anos após anos, nos trabalhadores não lucramos nada, agora que a crise veio tentam jogar sobre nossas costas o preço dela.

Temos recebido várias denúncias de como as empresas têm lidado com os trabalhadores. Aqui queremos citar apenas alguns casos que nos parece mais críticos.  

 Vários consultores que trabalham nessa célula estão atendendo todos os tipos de debilidades que os clientes apresentam desde pré-pago à contestação de faturas, passando pelo atendimento a função de back-office e afins sem nenhuma explicação lógica e é claro sem aumento de salário por essa intensificação do ritmo de trabalho.
Os patrões empurram nas nossas costas os vários clientes indignados com o péssimo atendimento que recebem nas outras centrais terceirizadas-(o que já um absurdo terceirizar o trabalhador!), que naturalmente devido ao baixo treinamento e a baixa motivação provinda da intensa exploração do trabalho e a horrível remuneração, o colega terceirizado perde sua dignidade enquanto ser humano e automaticamente transmite isso pelo atendimento

Aqui a situação não é muito diferente! Nesse setor os consultores são uma espécie de faz tudo do site pisa... Têm que fidelizar e reter os clientes, cancelar e ativar vários serviços, prestar suporte no acesso à internet e na configuração de diversos aparelhos, contestar faturas, atender clientes com problemas na qual não competem ao skill-(os pós-pagos de planos inferiores e pré-pago) e o principal: Devem ser sempre simpáticos tendo o "sorriso na voz" - que certamente o patrão deve ter em demasia pois, estando muito confortável no seu escritório relaxando após ter chegado em seu carro importado e/ou no mínimo de última linha ao som de uma boa música, enquanto quem efetivamente gera todo o lucro da empresa-(QUE SOMOS NÓS, OS CONSULTORES) TRABALHAMOS MUITO SEM A DEVIDA REMUNERAÇÃO E RESPEITO!!!!
                                                                                  GRE

Os consultores são tratados como crianças em pré-escola. Nota-se as campanhas motivacionais por meio de cantigas, com bom-bom e pirulito para que assim não sintam a exploração e a chicotada do patrão ao atender vários clientes por dia garantindo um lucro astronômico para a empresa ENQUANTO O SALÁRIO NÃO AUMENTA EM NADA. Basta realizar um pequeno cálculo de quantos cliente são fidelizados por dia e quanto dinheiro os clientes fidelizados irão gerar a empresa até o término da fidelização. Após essa primeira etapa, calcule isso para um mês inteiro, depois é só multiplicar a média para todos os CR´S que trabalham no site PISA e nas demais centrais e verás o quanto ridículo é o salário desse setor-(inferior à R$ 600,00). Os trabalhadores do GRE, íntegros responsáveis pelas retenções e fidelizações dos clientes, sofrem como toda a categoria um absurdo ARROCHO SALÁRIAL, tendo que também atender a contas, portabilidade, suporte no acesso à internet e na configuração de aparelhos e sofrem retaliações  quando saem em pausa 2 além dos ridículos 5 minutos.

Esse setor que até pouco tempo prestava o atendimento a contestações de faturas, hoje, além realizar essa tarefa prestam obrigatoriamente atendimento de funções de setores NÃO CORRESPONDENTE AO SALÁRIO E AOS TREINAMENTOS RECEBIDOS DA EMPRESA. O fato de que o Alto Valor está desde dezembro de 2008 realizando atendimento à função de suporte no acesso à internet, cancelamento de canais de texto de pós e pré-pago, BACK-OFFICE em vários segmentos como B.O. Gravação, técnico, fixo etc, etc SEM A DEVIDA PROPORÇÃO SALÁRIAL.
 

 Companheiros, não se deixem enganar pelas mentiras que a empresa conta subestimando a nossa capacidade de organização. É o patrão que depende da gente e não o oposto!!!
A empresa informa cinicamente que devido à crise econômica mundial-(que assola os trabalhadores!), não podem conceder aumento aos que geram todo o seu lucro. O QUE NÃO É VERDADE!!! Segundo o site da Folha On-line:
Lucro da TIM cresce 163,8% em 2008 e fica em R$ 180 milhões. A TIM Participações encerrou o quarto trimestre de 2008 com um lucro de R$ 299 milhões, um crescimento de 65,8% em relação ao resultado do mesmo período do ano anterior. No ano, o lucro da empresa ficou em R$ 180 milhões, contra R$ 68 milhões em 2007, crescimento de 163,8%.
A base total de clientes da empresa ficou em 36,4 milhões de usuários no ano passado, crescimento de 16,5% em relação a 2007. Ao final do ano a TIM registrava uma participação de mercado de 24,2%. Em termos de receita, a participação foi estimada em 27,3%.  A receita da TIM no trimestre passado atingiu R$ 3,544 bilhões, alta de 5% em relação ao quarto trimestre de 2007 e de 5,5% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

Até agora o Sindicato não fez nada para mudar essa situação, só blá blá blá , isso tem uma razão de ser. A diretoria  do sindicato a muito esta vendida à empresa fazendo assim o jogo dos patrões! Não podemos mais ficar nas mãos desses senhores que há muito tempo não usam um headfone, é preciso que nos organizemos, que nos juntemos para juntos decidirmos as melhores formas de lutarmos por :

 Reparação salarial proporcional a todos que atenderam aos setores não correspondentes conforme mencionado acima;

Atualização do registro na carteira de trabalho a todos os consultores passando para Atendimento Back-Office com a devida remuneração equivalente ao cargo/obrigações exercidas;

Não somos escravos. Dois dias de folga por semana;

Reajuste de salário de acordo com a inflação medida pelo DIEESE para todos os setores da empresa.

Pela Base é composto por um grupo de trabalhadore(a)s em Call Center de várias empresas que cansados de tanta exploração das empresas apoiada em grande parte pelo sindicatos, resolveram se organizar de forma independente confiando apenas em nossas próprias forças.